11.1.08

eles já falam

O Partido Nacional Renovador (PNR) reúne-se Sábado em Lisboa na sua terceira Convenção Nacional, onde definirá as linhas mestras do programa político com o qual espera chegar conseguir eleger um deputado nas legislativas de 2009.
A ameaça de extinção ditada pelo Tribunal Constitucional, que exigiu aos partidos que fizessem prova de ter pelo menos cinco mil militantes não preocupa o PNR, que, assegura o presidente do partido, José Pinto Coelho, «vai cumprir esse meta absurda ainda antes do prazo legal», graças a uma campanha de adesões sem pagamento de quota.
Considerando que se trata de «um atentado à liberdade de expressão e de associação», José Pinto Coelho afirmou acreditar que «a lei vai ser revogada ou não vai ser aplicada».
José Pinto Coelho disse à Agência Lusa que o partido tem perante si a «tarefa difícil» de se organizar internamente para ser capaz de concorrer às legislativas e de elaborar um programa político para o «Objectivo 2009»: «mais abrangente e mais exigente nas respostas que apresenta» em áreas para além da oposição à imigração.
A defesa da energia nuclear, a criação de um Ministério da Família e a contituição de um grupo de estudos para actualizar o programa político serão algumas das propostas das moções de estratégia que passarão pela convenção, em que serão também eleitos os órgãos dirigentes.
José Pinto Coelho referiu que por enquanto a única lista concorrente é a da actual direcção, que continuará a incluir Vasco Leitão, em prisão domiciliária desde Abril de 2007 sob acusações de racismo, ofensas corporais e posse de armas ilegais, mas que o PNR considera ser vítima de «perseguição política».
Assuntos como a decisão de não referendar o Tratado de Lisboa, em que José Pinto Coelho afirma que o governo «deixou cair a máscara e se revelou como mentiroso», passarão também pela convenção do PNR, que se continua a declarar «anti-federalista».