10.3.08

Coisas da demokracia, parte II

Existe realmente lentidão na justiça? Claro que sim; pelo menos era desse modo que via a justiça portuguesa. Há poucos dias atrás, tomei conhecimento de que o julgamento da extrema-direita (ou julgamento dos skins,como queiram) iria começar já no próximo dia 8 de Abril - suposto mês da liberdade de expressão-.
Para além da humilhação de se ser julgado pelas ideias que se defende, iria ficar a saber do regime de exclusividade deste processo. Fantástico! O mesmo já não se pode dizer dos processos jurídicos como o do apito dourado ou o mega-escândalo da casa pia, que se arrastam há vários anos, onde as respectivas equipas de investigação acumulam diversos processos que visam o atraso desses mesmos casos. Para os nacionalistas é tudo diferente; contra nós vale tudo! Por falar em demokracia, gostaria ainda de lembrar a fabulosa legislação, do também fabuloso dia 15 de Setembro de 2007, onde foram libertados pedófilos, assassinos e criminosos do pior que existe numa sociedade. Já nessa mesma altura, também tivemos um tratamento digno de uma qualquer estrela de Hollywood. Incrível!
Mas para quem ainda se mostra algo céptico devido ao facto de acreditarmos plenamente que estamos em presença de uma perseguição de cariz politico-ideológica, então ainda nos resta o (triste) episódio do dia 18 de Abril de 2007 (mais uma vez a curiosa associação ao mês da liberdade) em que a sede do PNR - partido nacionalista português devidamente legalizado no TC - foi visitada pelos lacaios do sistema tendo em conta a existência de uma hipótese que este mesmo partido tinha na sua sede nacional propaganda racista/xenófoba bem como qualquer coisa diabólica. Basta consultar o portal deste mesmo partido, www.pnr.pt, e perder 5 minutos a ler os pontos ideológicos deste para se poder concluir que o nacionalismo nada tem a haver com racismos ou xenofobias. Mesmo assim, importa referir que nada foi encontrado. Como dizia o zé povinho, quem não deve não teme! e por isso mesmo tenho imenso orgulho, como nacionalista e militante do PNR, em reafirmar que nada de ilegal foi encontrado na nossa modesta sede.